Total de visualizações de página

quinta-feira, 28 de março de 2013

A farra continua!



                                                                                              Gerson Andrades


                O aumento de 26,6% para os deputados federais cobrir despesas de gabinete não surpreende. Estamos vivendo bons momentos na economia e isso já era esperado. O problema é que a farra continua, e o povo parece assistir tudo anestesiado. A presidente Dilma é a primeira a dar o exemplo de esbanjamento hospedando sua comitiva em Roma em um hotel de luxo, reservando 25 apartamentos. É farra e mais farra com o dinheiro público.
            Nada mais me surpreende no nosso país. O que surpreende é a notícia de alguma pessoa comum, gente do povo, trabalhador assalariado, quando devolve uma sacola ou carteira com dinheiro dentro encontrada por acaso. Vira notícia dos principais jornais na televisão.
            Este aumento dos deputados para corrigir defasamentos nas verbas de gabinete já era esperado, e o senado entra de carona nesta questão. É um aumento necessário, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, pois existe um elevado número de parlamentares passando “necessidades e apertos” para poder exercer suas atividades. Isso não parece piada; é uma piada. E de muito mau gosto. É como se fosse um tapa no rosto do trabalhador que luta o mês todo para receber R$ 678,00, quando está na recebendo a faixa do salário mínimo.
            Vamos falar sério? Você acredita que este Brasil ainda tem jeito? Você acredita mesmo que os deputados estejam “apertados” financeiramente e, portanto, não conseguindo tralhar direito? Você acredita que esta farra irá um dia terminar? Se você acredita em tudo isso, desculpe-me meu amigo, Papai Noel existe mesmo...
            Nada mais, ou pouca coisa ainda me surpreende no nosso país. S e o governo e os demais poderes “nadam” nas verbas públicas, sobra o que para o cidadão? A presidente Dilma mandou baixar o preço da sexta básica e ninguém obedeceu. Nosso país está navegando em círculos e só se destaca no conjunto de países em desenvolvimento por estar vivendo uma época de economia crescente. Mas não vamos nos iludir. Não é Brasil que está crescendo e com economia estabilizada. É que os demais países ricos estão literalmente “quebrados”, e sem rumo, tanto quanto o nosso.
            Aumentos financeiros como este dos deputados e senadores só servem para envergonhar o povo brasileiro, que assume definitivamente o papel de “povo alienado, sem moral, sem participação política e acomodado”. No nosso país nem o Supremo Tribunal Federal é mais obedecido, mas isso já entra numa nova pauta.

sábado, 19 de janeiro de 2013

As aparências enganam!



                                                                      Autora:Juliana de Andrades Picinatto  
                                                                                            aluna do 4º ano E.F.
            
 Perto daquele prédio havia uma casa que já foi branca. Ela era velha, suja, de dois pisos e nela morava uma família que tinha dois filhos. Era uma família de hábitos estranhos. Os filhos não saiam na rua para brincar, e eram brancos e pálidos. A menina era chamada de Ana e o menino era Luis.
            Ana tinha cabelos longos e duros, e os olhos profundos, iguais aos de Luis. Os pais das crianças trabalhavam a noite, e faziam alguns barulhos assustadores, e isso deixava a vizinhança assustada.
            Aos poucos fui me aproximando de Ana e Luis, e fui descobrindo que eles não eram pessoas estranhas e sim  diferentes. Quando conheci um pouco mais os pais das crianças  notei que eles também eram diferentes. Faziam o seu trabalho normal como qualquer outro, só que faziam a noite, e os barulhos estranhos que deixava toda a vizinhança assustada era porque eles fabricavam moveis, na casa transformada em oficina de marcenaria.
            Você viu?  Quando você não conhece as pessoas você acha elas estranhas, quando você conhece as pessoas vê que elas são normais.
                                                   

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O espelho

"Durante muitos anos esperamos encontrar alguém que nos compreenda, alguém que nos aceite como somos, capaz de nos oferecer felicidade apesar das duras provas. Apenas ontem descobri que esse mágico alguém é o rosto que vemos no espelho".

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O novo Código Penal


                                                                                                       Prof. Gerson Andrades


            É necessário estar a todo o momento levando em conta, que o nosso Código Penal foi elaborado em 1940 e que parece uma colcha de retalhos, com mais de uma centena, senão milhares de reformas em artigos, parágrafos e incisos, o que não faz dele um código moderno e atualizado. Muito pelo contrário, pois somente através da Lei nº 4.737 de 15/07/1965 (há 47 anos), ele obteve a última reforma e ele está no mais absoluto sentido inverso dos nossos tempos, pois em uma década recente ocorreram mais inovações no mundo criminal do que se poderia imaginar, e ele está defasado em cinco décadas. Imaginemos um crime em 1940. Vadiagem era crime nesta época, e hoje com o desemprego que sempre existe a vadiagem será considerado o quê? Qual será a pena por andar perambulando pelas ruas?
               
        Mas não é só o Código Penal que está defasado no tempo. O Código Comercial Marítimo é de 1850 (162 anos). Absurdo, mas até hoje é seguido, claro que com inúmeros retoques de atualização, mas o principal ainda tem o mesmo conteúdo.
                O Código Civil tem sua origem na Lei nº 3.071 de 1º/01/1916. Isso mesmo há quase um século. Somente em 2002 é que o referido Código sofreu uma atualização através da Lei nº 10.406 de 10/2001. E para citar apenas mais um absurdo jurídico temos o Código Tributário atualizado através da Lei nº 5.172 no ano de 1966, ou seja, 46 anos atrás. Por isso se fala tanto e reforma tributária.
                Mas voltemos ao Código Penal Brasileiro e suas discussões sobre sua atualização. As necessárias reformas são uma urgência gritante, e que interessa a toda a sociedade. Não podemos mais suportar esta defasagem entre criminalidade e sociedade civil organizada. As penas são brandas, presídios lotados de criminosos aguardando sabe-se lá o que, crimes que já prescreveram sem o passar pelo crivo da justiça, etc., fazem da reforma do Código Penal uma medida extremamente necessária e urgentíssima.
                Com a criação da Comissão da Justiça para elaborar o novo Código Penal esperemos que algo de concreto se estabeleça no país, para que a justiça realmente seja funcional, ágil e atual. Os magistrados já elaboraram as pautas com todas as modificações que o Código exige, e ainda sugeriram inovações, tendo em vista que o crime também se moderniza a cada dia.
                Não sou jurista, não sou conhecedor profundo do assunto, sou um professor que trabalha com a sociedade e que desenvolve diversos estudos sobre os mais variados temas. Minha visão é de cidadão leigo no assunto, mas que vê diariamente os desacordos existentes entre crimes cometidos e penas aplicadas. E a sociedade não pode mais conviver com esta situação onde temos promotores públicos sendo beneficiados conforme a lei após cometer um crime, desembargadores respondendo processos nas corregedorias e juízes presos acusado de vendas de sentenças. O novo Código Penal deve dar um basta a estes fatos que a sociedade assiste atônita diariamente. Sem falar nos crimes financeiros, que envolvem gente com um monstruoso esquema criminoso, verdadeiros mafiosos do crime organizado, desviando dinheiro público com auxílio de políticos corruptos, sendo presos por dois ou três meses, além de ser obrigado a resignar-se vendo os membros de uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista inquirir os acusados e estes, utilizando os benefícios da lei em permanecer calados, em nada contribuírem para a solução dos crimes.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O CASO DEMÓSTENES


                                                                                               Prof. Gerson Andrades                                          
                                                                                                                                                                          O ex-senador Demóstenes Torres foi cassado. E todos nós imaginamos que de agora em diante será assim. Castigo para os corruptos e ladrões que brincam de desviar o dinheiro público, além de nos fazer de bestas ingênuas e permanentes. Leve engano, senhores e senhoras de meu Brasil do reino da corrupção. Demóstenes é Promotor de Justiça em Goiás e retorna agora ao seu antigo trabalho e suas funções no judiciário ganhando a bagatela de R$ 24.000,00 mensais. Viram? As pessoas que são punidas neste país são do altíssimo escalão e quando afastados passam a ocupar funções menos envolvidas com a mídia e se protegem facilmente atrás de seus cargos.
           Exemplo de clara contradição: um sujeito que comete o pecado do roubo ou do tráfico de influência (ambos são atos criminosos), agora passa a exercer sua função nobre no Ministério Público “defendendo a sociedade. A gente tem que ser contraditório também e achar graça de como as coisas se deparam e terminam. Demóstenes agora será investigado e pelo MP ao qual trabalha, prestando serviços sabe-se lá com que qualidade e empenho. Isto é Brasil, isto é democracia, isso é baderna política e jurídica. Falta seriedade no Brasil. Esta frase é tão antiga que já não causa mais impacto nenhum ao leitor.
            Resta saber agora, como fica o Senado Federal que expulsa de seus quadros um senador acusado de envolvimento com o tão badalado contraventor, para não dizer criminoso, Carlinhos Cachoeira, e abre suas portas para o suplente que já chega trazendo na bagagem moral e política, suspeitas de envolvimento direto com o pivô da saída de Demóstenes. Gravações são publicadas onde o suplente, que ocupará a vaga deixada por Demóstenes, aparece confessando a Cachoeira que tudo o que possui na política deve exclusivamente a ele, Cachoeira. Este suplente Sr. Wilder Morais (DEM-GO) já chegará crucificado e tendo que dar explicações. E talvez ainda dê tempo dele assumir a vaga de senador a ter, ao mesmo tempo, que depor na CPMI em questão.
            Uma vergonha nacional e outra contradição: A democracia segue seu caminho de legalidade, cumprindo todos os aparatos do processo político, mas ao mesmo tempo abre espaço para cada vez mais, bandidos entrem para as atividades públicas. Não é culpa da democracia, mas do casuísmo que ela permite. Pensem nisso!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Que língua fala o olhar?


Prof. Gerson de Andrades

         


   Uma das formas mais comuns de comunicação é desenvolvida através do recurso da visão. Os olhos também se comunicam, falam, dizem coisas que não somos capazes de dizer com palavras. E os motivos de falar através dos olhos são diversos, distintos e muito especiais. Abençoados até.
            Os olhos transmitem os mais diferentes sentimentos e argumentos. É na verdade, algo divino em nós, sublime até, que nos permite ficar calados e ao mesmo tempo dizer tudo o que queremos, só que no mais absoluto silêncio. Porque o silêncio é a forma que Deus encontrou para colocar palavras no olhar. Seja um olhar de aprovação ou reprovação, de angústia, de medo, felicidade e alegria, espanto e incredibilidade, de concordância ou não, de prazer ou de amargura. Por isso choramos pelos olhos, pois através das lágrimas manifestamos a nossa posição no argumento.
            É incrível, mas através do olhar posso dizer eu te amo, ou quem sabe deixar claro que o amor, neste caso, não existe. O olhar de amizade, de carinho, de admiração, de respeito, entre tantos tipos de olhares, é a forma perspicácia, e por que não dizer sutil, de aprovar ou não o que está sendo dito. Um olhar reprovador é o que basta para fazer alguém se calar, ou o contrário também é verdadeiro. Afirmo com os olhos que estou concordando com o argumento, quando olho com admiração e entusiasmo para o meu interlocutor, e desperto nele(a) a iniciativa e a segurança de continuar a exposição.
            Sem dúvida os olhos falam, mas a questão é: Em que idioma eles se comunicam?
            Não importa o idioma do olhar, mas ele representa muito para quem o recebe. Em um impulso de olhar com os “olhos cheios de lágrimas”, a gente contagia e cria um sentimento que alegra ou que entristece. E não é preciso olhar em um determinado idioma, porque a resposta desta questão é que o olhar fala todas as línguas, ele é universal. O olhar não necessita de idioma definido, pelo contrário, ele fala a linguagem do coração, da mente, que transmite certeza ou dúvida, crença e desconfiança, e também amor ou paixão, entre tantos outros sentimentos. A ira, por exemplo, é vulgarmente transmitida pelo olhar, muito mais que o amor. É mais comum alguém transmitir raiva no olhar do que paz, harmonia, amor, felicidade, alegria, amizade, esperança, coragem, confiança. E os outros sentimentos, como medo, desprezo, indiferença, tranqüilidade e todos os outros que fazem parte de nossa vida são plenamente transmitidos e entendidos através dos olhos. Portanto não existe idioma para falar com os olhos, porque como já dissemos, o olhar é a linguagem do coração.
            O idioma do olhar nos leva a muitas situações diferentes, que nos encanta em todos os sentidos, e dá vida àquele a quem lhe é dirigido. E a benção divina é maior ainda, quando utilizamos nosso olhar para dizer coisas boas, semear o bem, a paz, a alegria além de ajudar a espalhar a felicidade. Pensem nisso quando olhar para qualquer pessoa.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Você se importa? Pense nisso!

(autor desconhecido por mim)

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

GADE- Grupo Atalaia de Deus - Osório, RS

A educação das crianças não acontece somente nas escolas. É preciso que todo um aparato esteja disponível para que a educação aconteça, e a participação em grupos sociais, aliada a estrutura familiar é fundamental que aconteça no processo educativo.
Por isso achei interessante colocar e registrar a participação de crianças no "GADE" - Grupo Atalaia de Deus.


 
A formação educacional aliada a uma religião e a uma atividade esportiva, unindo-se aos exemplos da família e da escola, completam o ciclo da educação, da formação do caráter e da personalidade. Por isso tenho a certeza que crianças que se encontram nestas condições possuem uma enorme oportunidade de se tornarem pessoas corretas, sinceras, plenamente capazes de serem feliz.
Este exemplo de participação no GADE, promove a curiosidade e o entusiasmo daqueles que acompanham as reuniões e que ainda não fazem parte do grupo. Isto é bom. Despertar interesses nas crianças e jovem é o elemento motivador para a inclusão em qualquer atividade, principalmente esta que é uma atividade saudável em todos os sentidos.
Este grupo é formado na cidade de Osório, RS, e nas fotos encontram-se meus netos Juliana (boné amarelo), Gabriel (boné azul) um amiguinho do grupo (boné amarelo), e meus dois outros netos William o mais velho e o pequeno Leonardo que não pertencem ao GADE, mas que acompanham de longe, pois moram em outra cidade.
Parabéns aos participantes.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Mas que pouca vergonha, tchê!

Diante dos últimos fatos mostrados pela TV sobre a corrupção no Brasil, assistimos estupefatos os descaramentos dos corruptores falando em ética de mercado.
_ Me dá 10 %? E não pode subir um pouquinho mais?
_ Pode subir quanto você quiser. Coloca aí o quanto você quer ganhar!
Estes diálogos exibidos no domingo à noite e repetidos com mais alguns não menos curiosos nos deixa assim: de boca aberta. Ora, “boca aberta” é a maioria do povo que sabe que isso existe, sabe quem pratica estes atos e mesmo assim fica só com aquele ar de surpresa. Quem? O fulano? Mas eu nunca desconfiei dele!
O que a TV mostrou é esquema de corrupção de empresas sobre empresas públicas, mas não mostrou o que acontece nos demais gabinetes do poder público, não. A TV mostrou uma milésima parte do problema, apenas denunciou e com provas cabais, que muitas vezes a justiça não aceita.
A vergonha (ou a falta dela) é maior do que imaginamos por parte do gestor público.
_ Quem eu? Nossa empresa? Não, nunca realizamos este tipo de coisa. Nossa empresa está sendo vítima da concorrência que “plantou” estas calúnias e fazemos questão de que todas as denúncias sejam apuradas (informa o jurídico da empresa). Que falta de vergonha, que deboche acintoso, que falcatrua mal armada e ridícula. Será que eles pensam que existe alguém sem cérebro por aqui?
Se a imprensa faz este papel de investigar, fica a pergunta: Por que a polícia não investiga? Onde anda o Ministério Público, que muitas vezes arrebenta com quadrilhas organizadas e os juízes mau caráter soltam imediatamente?
Ah! Mas a Lei é para todos...
Para todos uma pinóia! Quem pode garantir que juízes sem escrúpulos estão isentos na venda de sentenças e concessão de habeas Corpus?
Ah! Mas o culpado é o governo que não fiscaliza! O culpado é o Judiciário que demora muito em julgar! A culpada é às vezes a imprensa que divulga fatos fictícios! E por aí vai...
No Brasil sempre se procurou culpados ou desculpas para os fatos que são divulgados.
“Cara de Pau” é pouco para diretores e gerentes de empresas que prestam serviços ao governo. Aliás, até parece que isso é novidade. A safadeza é tanto que não dá tempo de arrumar a casa.
De que adianta rever e suspender contratos, fiscalizar com rigidez, multar e punir, se a sem-vergonhice está espalhada em pequenas e médias empresas. O “esquema” que causa a corrupção é montado de maneira que, se descoberto pelas autoridades, entra imediatamente o Plano B – ou seja, cessam alguns contratos com algumas empresas, mas a necessidade da realização dos serviços é tanta, que outras empresas entram para realizá-lo. Mas na maioria das vezes são empresa que também fazem parte do esquema, e daí a “bola de neve” não pára de crescer.
Acabar com este tipo de crime é uma questão “cultural”. É preciso que as próximas gerações cresçam com a idéia de que o serviço público pertence ao povo, e não é algo distante do cidadão. Pelo contrário, nossa gente é que deveria ser o agente fiscalizador, mas até lá...
O verbo mais conjugado no Brasil é ROUBAR, enquanto deveria ser DIVIDIR. Dividir responsabilidades, trabalhos, fiscalizações, valores morais através de exemplos, etc. Enquanto isso ficou as imagens do descaramento, do escárnio e da desonra, do deboche da certeza da impunidade que explode diante de nossas vistas.  

terça-feira, 16 de agosto de 2011

QUEM É ESTE DEUS QUE TUDO CRIOU?

                                                                                  Prof. Eduardo Roos

Por que criou o universo?
Com que propósito criou o homem?
Onde ele está?
Como se manifesta?
Quando será o juízo final?

Diante de tantas perguntas sem respostas, propomos uma análise racional, desprovida da natural carga religiosa que há em cada um de nós.
Para melhor organizar o entendimento da análise conceituamos de modo simplista, o que entendemos por natureza. No nosso entendimento natureza é tudo que existe no universo com seu incomensurável conteúdo, suas galáxias, estrelas, asteróides, cometas, buracos negros, nebulosas e seus planetas com átomos, células, minérios, vegetais, animais, enfim, a natureza é tudo que existe.
Galáxias, estrelas e planetas foram se formando através de vários acidentes cósmicos levando aproximadamente 15 bilhões de anos para serem como os conhecemos hoje. Num cadinho perfeito chamado terra surgiu o caldo fabuloso, a fórmula extraterrestre, que continha os elementos indispensáveis para o surgimento do embrião humano e dos demais entes de nosso planeta.
O homem é resultado da ação da natureza na sua mais poderosa energia, a energia cósmica, a energia do universo, a energia da natureza. 
Assim como Deus é consagrado pela humanidade como o criador de todas as coisas e tem o poder supremo sobre tudo, contrapomos que a natureza é a grande criadora e seus poderes estão sendo mostrados a todo o momento, no nosso planeta ou na vastidão do universo. Nestes termos a natureza é comparável a Deus.
Considerando que Deus, seja ele de qualquer religião, seja o responsável pela criação do universo, é de se questionar a razão de tanta imponência, por que gastar energia em criar galáxias com milhões de estrelas se o homem nunca saberá de sua existência. Toda esta energia poderia ser colocada a serviço da humanidade, com mecanismos ou instrumentos de manutenção da bondade e da solidariedade, provendo o homem das formas mais adequadas de buscar a felicidade.   
Conforme previsões do mundo científico o sistema solar, em 5 milhões de anos será destruído pela expansão do sol, que é uma estrela velha e está prestes a morrer. As estrelas velhas aumentam seu raio de ação antes de implodirem. 
A natureza não nos deixa dúvidas sobre seu poder, sua manifestação e o nosso fim.
Concluindo, podemos afirmar que o homem não é filho da natureza, ele é a própria natureza, pois assim como ela está contida no homem, o homem contém a natureza, sendo assim, consideramos o homem o seu próprio Deus, nada é maior ou mais poderoso que ele, tanto isto é verdade que o homem inegavelmente tem autonomia, age conforme sua consciência e sua vontade, ele é único na condução da sua vida, ele tem o poder de destruir pessoas assim como o de lançar as sementes do amor ao próximo.