Prof. Gerson Andrades
O ex-senador Demóstenes
Torres foi cassado. E todos nós imaginamos que de agora em diante será assim.
Castigo para os corruptos e ladrões que brincam de desviar o dinheiro público,
além de nos fazer de bestas ingênuas e permanentes. Leve engano, senhores e
senhoras de meu Brasil do reino da corrupção. Demóstenes é Promotor de Justiça
em Goiás e retorna agora ao seu antigo trabalho e suas funções no judiciário
ganhando a bagatela de R$ 24.000,00 mensais. Viram? As pessoas que são punidas
neste país são do altíssimo escalão e quando afastados passam a ocupar funções
menos envolvidas com a mídia e se protegem facilmente atrás de seus cargos.
Resta saber agora, como fica o
Senado Federal que expulsa de seus quadros um senador acusado de envolvimento
com o tão badalado contraventor, para não dizer criminoso, Carlinhos Cachoeira,
e abre suas portas para o suplente que já chega trazendo na bagagem moral e
política, suspeitas de envolvimento direto com o pivô da saída de Demóstenes.
Gravações são publicadas onde o suplente, que ocupará a vaga deixada por
Demóstenes, aparece confessando a Cachoeira que tudo o que possui na política
deve exclusivamente a ele, Cachoeira. Este suplente Sr. Wilder Morais (DEM-GO) já chegará crucificado e tendo
que dar explicações. E talvez ainda dê tempo dele assumir a vaga de senador a
ter, ao mesmo tempo, que depor na CPMI em questão.
Uma
vergonha nacional e outra contradição: A democracia segue seu caminho de
legalidade, cumprindo todos os aparatos do processo político, mas ao mesmo
tempo abre espaço para cada vez mais, bandidos entrem para as atividades
públicas. Não é culpa da democracia, mas do casuísmo que ela permite. Pensem
nisso!