Total de visualizações de página

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu sou professor. Será?

Por Ferreira K.P.


            Ser professor é bem mais que o simples ato de ensinar. É na verdade uma tarefa dificílima, pois estamos trabalhamos durante todo o tempo, com o bem maior da sociedade, que é o ser humano, e este ser necessita desenvolver na capacidade de conviver com as regras sociais, ou seja, precisa ser disciplinado. E não se pode negar que este ser humano, ainda pequeno na sua idade cronológica e mental, possui uma potencialidade em aprender. Ele está ali, pré-disposto a buscar, desde o início de sua vida de estudante, as respostas que ele não imagina um dia precisar saber. Até este momento de sua vida, a criança vê a família e a escola, como uma forma lúdica de passar o tempo, e não como um processo de formação de conhecimentos e valores educativos, onde a socialização é mais acentuada do que os conteúdos que ela deve aprender. Por isso me referi à sutileza de ser professor.
       Temos o compromisso de trabalhar estas formas lúdicas, livres, abstratas e de pouco interesse para o educando, de tal forma que a torne interessante, criadora de expectativas e de inovações para o pequeno aluno.
      Desde os primeiros momentos da vida escolar da criança, a sutileza está presente, e o professor que não notar isso, estará muito mais a serviço de uma educação deficiente, e caminhando no sentido contrário da verdadeira arte de educar, sendo um simples professor que ainda não atingiu o nível de educador.
      A educação nas séries iniciais forma a base de todo o processo educacional da criança. E é neste período da vida escolar, que devemos trabalhar com o máximo de cuidado que as tarefas exigem. Planejamento, organização, determinação, valorização de sentimentos e responsabilidades, auxílio de especialistas em educação em diversas áreas da formação humana, formam uma enorme quantidade de valores que o professor sozinho não consegue atender. Por isso, ele deve buscar auxílio na sua ação diária. Agindo desta forma o professor se transforma em educador. O professor não pode ficar preso às técnicas de ensino e de aprendizagem, porque existe um mundo em sua volta a ser explorado, e ele deve estar disposto a aprender também. Esta é a sutileza maior. O educador se dispõe a caminhar ao lado do educando, e juntos constroem o conhecimento. Mas a tarefa de ensinar não se limita a ser somente, uma aplicação de técnicas pedagógicas e didáticas modernas. Ela vai além, e deve contar com uma equipe especializada de Assistentes Sociais, Psicólogos, Médicos, Fonoaudiólogos, entre outros tão ou mais importantes dos citados.
       A arte de ensinar é pura demonstração de respeito pelo ser humano e pela vida. Seja de uma criança, de um jovem ou de um adulto. Afinal, a educação deve estar ao alcance de todas as idades, e cabe ao educador oportunizar estas ações. É a forma correta, digna e saudável de contribuir com a sociedade e melhorá-la cada vez mais. Podemos afirmar que não há desenvolvimento social, sem passar pela educação.
       A metodologia deve ser direcionada à prática social, isto é, todos os meios e recursos disponíveis na escola ou fora dela, devem fazer parte do ato educativo.
Aproximar as famílias da escola é um dos objetivos do processo, porque a educação só se completa, quando o educando percebe que o que a escola lhe mostra, ele pode comprovar na vida em família e na sua comunidade.
       Prática social é uma expressão maior em educação, e o seu valor é proporcional à sua aplicação em sala de aula. Com isso todos crescem, e a tendência é uma vida mais digna e repleta de conhecimentos com qualidade se faz presente em cada um.