Total de visualizações de página

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O CASO DEMÓSTENES


                                                                                               Prof. Gerson Andrades                                          
                                                                                                                                                                          O ex-senador Demóstenes Torres foi cassado. E todos nós imaginamos que de agora em diante será assim. Castigo para os corruptos e ladrões que brincam de desviar o dinheiro público, além de nos fazer de bestas ingênuas e permanentes. Leve engano, senhores e senhoras de meu Brasil do reino da corrupção. Demóstenes é Promotor de Justiça em Goiás e retorna agora ao seu antigo trabalho e suas funções no judiciário ganhando a bagatela de R$ 24.000,00 mensais. Viram? As pessoas que são punidas neste país são do altíssimo escalão e quando afastados passam a ocupar funções menos envolvidas com a mídia e se protegem facilmente atrás de seus cargos.
           Exemplo de clara contradição: um sujeito que comete o pecado do roubo ou do tráfico de influência (ambos são atos criminosos), agora passa a exercer sua função nobre no Ministério Público “defendendo a sociedade. A gente tem que ser contraditório também e achar graça de como as coisas se deparam e terminam. Demóstenes agora será investigado e pelo MP ao qual trabalha, prestando serviços sabe-se lá com que qualidade e empenho. Isto é Brasil, isto é democracia, isso é baderna política e jurídica. Falta seriedade no Brasil. Esta frase é tão antiga que já não causa mais impacto nenhum ao leitor.
            Resta saber agora, como fica o Senado Federal que expulsa de seus quadros um senador acusado de envolvimento com o tão badalado contraventor, para não dizer criminoso, Carlinhos Cachoeira, e abre suas portas para o suplente que já chega trazendo na bagagem moral e política, suspeitas de envolvimento direto com o pivô da saída de Demóstenes. Gravações são publicadas onde o suplente, que ocupará a vaga deixada por Demóstenes, aparece confessando a Cachoeira que tudo o que possui na política deve exclusivamente a ele, Cachoeira. Este suplente Sr. Wilder Morais (DEM-GO) já chegará crucificado e tendo que dar explicações. E talvez ainda dê tempo dele assumir a vaga de senador a ter, ao mesmo tempo, que depor na CPMI em questão.
            Uma vergonha nacional e outra contradição: A democracia segue seu caminho de legalidade, cumprindo todos os aparatos do processo político, mas ao mesmo tempo abre espaço para cada vez mais, bandidos entrem para as atividades públicas. Não é culpa da democracia, mas do casuísmo que ela permite. Pensem nisso!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Que língua fala o olhar?


Prof. Gerson de Andrades

         


   Uma das formas mais comuns de comunicação é desenvolvida através do recurso da visão. Os olhos também se comunicam, falam, dizem coisas que não somos capazes de dizer com palavras. E os motivos de falar através dos olhos são diversos, distintos e muito especiais. Abençoados até.
            Os olhos transmitem os mais diferentes sentimentos e argumentos. É na verdade, algo divino em nós, sublime até, que nos permite ficar calados e ao mesmo tempo dizer tudo o que queremos, só que no mais absoluto silêncio. Porque o silêncio é a forma que Deus encontrou para colocar palavras no olhar. Seja um olhar de aprovação ou reprovação, de angústia, de medo, felicidade e alegria, espanto e incredibilidade, de concordância ou não, de prazer ou de amargura. Por isso choramos pelos olhos, pois através das lágrimas manifestamos a nossa posição no argumento.
            É incrível, mas através do olhar posso dizer eu te amo, ou quem sabe deixar claro que o amor, neste caso, não existe. O olhar de amizade, de carinho, de admiração, de respeito, entre tantos tipos de olhares, é a forma perspicácia, e por que não dizer sutil, de aprovar ou não o que está sendo dito. Um olhar reprovador é o que basta para fazer alguém se calar, ou o contrário também é verdadeiro. Afirmo com os olhos que estou concordando com o argumento, quando olho com admiração e entusiasmo para o meu interlocutor, e desperto nele(a) a iniciativa e a segurança de continuar a exposição.
            Sem dúvida os olhos falam, mas a questão é: Em que idioma eles se comunicam?
            Não importa o idioma do olhar, mas ele representa muito para quem o recebe. Em um impulso de olhar com os “olhos cheios de lágrimas”, a gente contagia e cria um sentimento que alegra ou que entristece. E não é preciso olhar em um determinado idioma, porque a resposta desta questão é que o olhar fala todas as línguas, ele é universal. O olhar não necessita de idioma definido, pelo contrário, ele fala a linguagem do coração, da mente, que transmite certeza ou dúvida, crença e desconfiança, e também amor ou paixão, entre tantos outros sentimentos. A ira, por exemplo, é vulgarmente transmitida pelo olhar, muito mais que o amor. É mais comum alguém transmitir raiva no olhar do que paz, harmonia, amor, felicidade, alegria, amizade, esperança, coragem, confiança. E os outros sentimentos, como medo, desprezo, indiferença, tranqüilidade e todos os outros que fazem parte de nossa vida são plenamente transmitidos e entendidos através dos olhos. Portanto não existe idioma para falar com os olhos, porque como já dissemos, o olhar é a linguagem do coração.
            O idioma do olhar nos leva a muitas situações diferentes, que nos encanta em todos os sentidos, e dá vida àquele a quem lhe é dirigido. E a benção divina é maior ainda, quando utilizamos nosso olhar para dizer coisas boas, semear o bem, a paz, a alegria além de ajudar a espalhar a felicidade. Pensem nisso quando olhar para qualquer pessoa.