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terça-feira, 16 de agosto de 2011

QUEM É ESTE DEUS QUE TUDO CRIOU?

                                                                                  Prof. Eduardo Roos

Por que criou o universo?
Com que propósito criou o homem?
Onde ele está?
Como se manifesta?
Quando será o juízo final?

Diante de tantas perguntas sem respostas, propomos uma análise racional, desprovida da natural carga religiosa que há em cada um de nós.
Para melhor organizar o entendimento da análise conceituamos de modo simplista, o que entendemos por natureza. No nosso entendimento natureza é tudo que existe no universo com seu incomensurável conteúdo, suas galáxias, estrelas, asteróides, cometas, buracos negros, nebulosas e seus planetas com átomos, células, minérios, vegetais, animais, enfim, a natureza é tudo que existe.
Galáxias, estrelas e planetas foram se formando através de vários acidentes cósmicos levando aproximadamente 15 bilhões de anos para serem como os conhecemos hoje. Num cadinho perfeito chamado terra surgiu o caldo fabuloso, a fórmula extraterrestre, que continha os elementos indispensáveis para o surgimento do embrião humano e dos demais entes de nosso planeta.
O homem é resultado da ação da natureza na sua mais poderosa energia, a energia cósmica, a energia do universo, a energia da natureza. 
Assim como Deus é consagrado pela humanidade como o criador de todas as coisas e tem o poder supremo sobre tudo, contrapomos que a natureza é a grande criadora e seus poderes estão sendo mostrados a todo o momento, no nosso planeta ou na vastidão do universo. Nestes termos a natureza é comparável a Deus.
Considerando que Deus, seja ele de qualquer religião, seja o responsável pela criação do universo, é de se questionar a razão de tanta imponência, por que gastar energia em criar galáxias com milhões de estrelas se o homem nunca saberá de sua existência. Toda esta energia poderia ser colocada a serviço da humanidade, com mecanismos ou instrumentos de manutenção da bondade e da solidariedade, provendo o homem das formas mais adequadas de buscar a felicidade.   
Conforme previsões do mundo científico o sistema solar, em 5 milhões de anos será destruído pela expansão do sol, que é uma estrela velha e está prestes a morrer. As estrelas velhas aumentam seu raio de ação antes de implodirem. 
A natureza não nos deixa dúvidas sobre seu poder, sua manifestação e o nosso fim.
Concluindo, podemos afirmar que o homem não é filho da natureza, ele é a própria natureza, pois assim como ela está contida no homem, o homem contém a natureza, sendo assim, consideramos o homem o seu próprio Deus, nada é maior ou mais poderoso que ele, tanto isto é verdade que o homem inegavelmente tem autonomia, age conforme sua consciência e sua vontade, ele é único na condução da sua vida, ele tem o poder de destruir pessoas assim como o de lançar as sementes do amor ao próximo. 


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vigiar e Punir!


Michel Foucault


Na França, como na maior parte dos países europeus – com a notável exceção da Inglaterra – todo o processo criminal, até à sentença, permanecia secreto: ou seja, opaco não só para o público, mas para o próprio acusado. O processo se desenvolvia sem ele, ou pelo menos sem que ele pudesse conhecer a acusação, as imputações, os depoimentos, as provas. “Na ordem da justiça criminal, o saber era privilégio absoluto da acusação.” O mais “diligente e o mais secretamente que se puder fazer”, dizia, a respeito da instrução, o edito de 1498. De acordo com a ordenação de 1670, que resumia, e em alguns pontos reforçava a severidade da época precedente, era impossível ao acusado ter acesso às peças do processo, impossível conhecer a identidade dos denunciadores, impossível saber o sentido dos depoimentos antes de recusar as testemunhas, impossível fazer valer, até os últimos momentos do processo, os fatos justificativos, impossível ter um advogado de defesa, seja para verificar a regularidade do processo, seja para participar da defesa. Por seu lado, o magistrado tinha o direito de receber denúncias anônimas, de esconder ao acusado a natureza da causa, de interrogá-lo de maneira capciosa, de usar de insinuações. Ele constituía sozinho e com pleno poder, uma verdade com a qual investia o acusado; e essa verdade, os juízes a recebiam pronta, sob forma de peças e de relatórios escritos; para eles, esses documentos sozinhos comprovavam; só encontravam o acusado uma vez para interrogá-lo antes de dar a sentença. A forma secreta e escrita do processo confere com o princípio de que em matéria criminal o estabelecimento da verdade era para o soberano e seus juízes um direito absoluto e um poder exclusivo. Jean-Marc Ayrault supunha que esse procedimento (já estabelecido no que tange ao essencial no século XVI) tinha por origem o medo dos tumultos, das gritarias e aclamações que o povo normalmente faz o medo de que houvesse desordem, violência e impetuosidade contra as partes, talvez até mesmo contra os juízes; o rei queria mostrar com isso que a “força soberana” de que se origina o direito de punir não pode em caso algum pertencer à “multidão”.
            Diante da justiça do soberano, todas as vozes devem se calar.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pobre Brasil!


Por  Kleiton P. Ferreira

 
Profª. Nice e Aline da Escola Jorge Veras!

                                                                                         Em entrevista á Revista Exame, o empresário Silverino Geremia, dono de uma empresa metalúrgica que fabrica equipamentos para exploração de petróleo, localizada na cidade de São Leopoldo, RS, no Vale dos Sinos, declarou que criou em 1988 um programa na sua empresa, que custeia as despesas com a educação dos funcionários, e que cada um deles tem a opção de aceitar ou não participar do programa. E lembrou ainda que esta iniciativa atende tanto a ensino a nível de ensino fundamental, quanto a nível técnico.       
Louvável atitude do empresário que mostra que mesmo no sistema capitalista,  sobra espaço para as ações sociais, e este é o capitalismo simples, e correto, onde quem arrisca o seu capital, tem direito a obter um certo lucro.

 Mas voltando à entrevista do empresário, relata o mesmo que recebeu recentemente a visita de um FISCAL DO INSS, que o multou em R$ 26.000,00 por constatar que o auxílio prestado aos empregado é caracterizado como "SALÁRIO INDIRETO", portanto passível de tributação, coisa que o empresário nunca realizou, pois o programa é optativo, e jamais imaginou que poderia ocorrer este fato. Considerar o programa educacional como salário e não recolher os valores devidos seria passível de multa. para o empresário, a intenção é tão somente proporcionar um bem social aos seus empregados, valorizando-os e promovendo ascenção social e profissional. Nunca imaginou que estes recursos seriam considerados como despesas passíveis detributação. Negou-se a pagar e recorreu à Justiça para defender-se.
        Triste este episódio em que alguém é multado por promover a educação. Ou o fiscal exagerou no seu conceito de tributação, ou estamos diante de uma frieza cruel do sistema INSS. Aliás, não é possível chamar isso de "sistema", pois o conceito do termo significa "um conjuntos de órgãos e elementos que funcionam harmoniosamente", o que não é o caso do INSS. Pelo contrário, afirmar que o INSS é um sub-sistema de um governo que se entristece por não estar entre os 8 melhores países no mundo no FUTEBOL, e não liga para a EDUCAÇÃO, que ocupa a constrangedora posição de nº 85.
        Mas o empresário Silverino Geremia declara à revista Exame com muita ênfase, que pagará mil vezes a multa, mas não terminará com o programa.
        Hora do governo e o INSS rever esta posição de tributar tudo o que acha possível. É uma luta diária e ferrenha do órgão público em buscar receita, venha de onde vier. Um grande lástima, pra não usar um adjetivo mais rigoroso.

sábado, 4 de junho de 2011

Curativos !

(não conheço o autor)   retirado do site     http://www.simplesmentebeijaflor.com/CurativoCoracao.html
           
            Hoje, acordei sentindo uma grande dor no peito. Sentei-me ao pé da cama, coloquei minha mão sobre meu peito, e perguntei ao meu coração:
            — O que você tem? Por que está tão inquieto dentro de mim? Você está doente?
            Fiquei uns minutos observando em silêncio e aí foi minha alma a começar a ficar inquieta...
            Perguntei a ela:
            — O que tens? Por que se atormenta dentro de mim?
            Minha alma disse:
            — Estou assim porque você está assim. Você me faz perguntas, mas não tenho respostas, e sei que isso o faz infeliz... Você se sente tão pequeno, e isso me faz pequeno também. Você queria ser diferente e eu fico triste por você.  Você está tão só, e eu me sinto só, sem você...
            Mais uma vez tornei a ficar em silêncio. E foi aí que meu coração, meio confuso, me respondeu:
            — Estou tão triste, sinto-me tão pequeno. Estou magoando você!
            Fiquei sem jeito e perguntei:
            — O que foi que eu te fiz?
            Ele respondeu:
            — Você sofre tanto com as pessoas, preocupa-se com elas, é atencioso, procura ser prestativo e na maioria das vezes sempre se decepciona... Você ama e depois sofre e fala que a culpa é minha!  Você espera por algo que não vem e fica triste. Aí você chora e dói em mim. Preciso de curativos para um coração partido. Curativos bons.
            Perguntei ao meu coração:
            — Como assim, bons?
            Ele respondeu:
            — Curativos que estanquem essa sua tristeza, essa sua mágoa, essa sua solidão. Que estejam com você nos dias frios e nas noites vazias, nos dias de tempestades e nas horas que você se sentir tão só...
            Que eles sejam tão grandes que possam envolver seu corpo em um abraço cheio de ternura, e que você se sinta seguro e amparado. Curativos que te façam sentir o quanto você é especial e amada, mesmo que você nunca tenha sentido esse amor, nem de seus próprios pais...
            Preciso de bons curativos, que não sejam eternos, afinal nada é para sempre, mas que não sejam descartáveis... Curativos que absorvam esse sofrimento, essa dor... Essa ferida que não se vê, apenas se sente...
            Que sejam fortes e a prova d’água, para que não se estraguem com tuas lágrimas, que sejam macios para poder te fazer carinho nos dias em que você se sentir carente...
            Curativos que acima de tudo nunca o decepcione, prometendo coisas que não cumprem. Curativos companheiros e sinceros, que se importam realmente com você.
            Não quero pena, quero amor... Amor de verdade. Preciso que você também se ame e prometa que vai procurar cuidar mais de mim, pois sou parte de você e se você sofre, eu também sofro...
            Queria poder colocar você dentro de mim, secar suas lágrimas, ninar você...
            Dizer que tudo vai passar e te proteger das decepções da sua vida. Afinal você já sofreu tanto, que não sei como ainda consigo bater forte em seu peito...
            Você é especial... Que pena... Ninguém percebe isso!
            Preciso de curativos para um coração partido!

domingo, 29 de maio de 2011

Sinceramente!

                     Suzahne Moura

Sinceramente, estamos mentindo!
Já não somos os mesmos, e nossa realidade não passa de nada.
Como um monte esplendoroso modificado com o passar dos anos, assim é um coração bondoso, que sofre até aprender que bondade e burrice estão longe de andar de mãos dadas!
Somos crianças crescidas, amedrontadas com o forte vento, e sendo assim, escondemo-nos atrás de qualquer coisa que pensa nos proteger!
Sinceramente...!
Que espécie é definida, quando falamos em seres humanos? Quem acredita em seu próximo?
Apresente-me aquele que estende a mão a um desconhecido necessitado,
Se nem ao seu próprio irmão ajuda!
Como amar ao inimigo, se ele É meu inimigo?
Simplesmente, deixemos de perder tempo maquinando contra desafetos, e vivemos o mais que pudermos...!
Sempre é necessário lutar, ter garra e coragem, mas nobre é o homem que sabe exatamente a hora de ceder, a hora de parar.
Não vencer não é vergonha. Vergonhoso é nunca ter tido a capacidade de tentar.
Sinceramente:
Quem sou eu? Quem você é?
                                                         

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu sou professor. Será?

Por Ferreira K.P.


            Ser professor é bem mais que o simples ato de ensinar. É na verdade uma tarefa dificílima, pois estamos trabalhamos durante todo o tempo, com o bem maior da sociedade, que é o ser humano, e este ser necessita desenvolver na capacidade de conviver com as regras sociais, ou seja, precisa ser disciplinado. E não se pode negar que este ser humano, ainda pequeno na sua idade cronológica e mental, possui uma potencialidade em aprender. Ele está ali, pré-disposto a buscar, desde o início de sua vida de estudante, as respostas que ele não imagina um dia precisar saber. Até este momento de sua vida, a criança vê a família e a escola, como uma forma lúdica de passar o tempo, e não como um processo de formação de conhecimentos e valores educativos, onde a socialização é mais acentuada do que os conteúdos que ela deve aprender. Por isso me referi à sutileza de ser professor.
       Temos o compromisso de trabalhar estas formas lúdicas, livres, abstratas e de pouco interesse para o educando, de tal forma que a torne interessante, criadora de expectativas e de inovações para o pequeno aluno.
      Desde os primeiros momentos da vida escolar da criança, a sutileza está presente, e o professor que não notar isso, estará muito mais a serviço de uma educação deficiente, e caminhando no sentido contrário da verdadeira arte de educar, sendo um simples professor que ainda não atingiu o nível de educador.
      A educação nas séries iniciais forma a base de todo o processo educacional da criança. E é neste período da vida escolar, que devemos trabalhar com o máximo de cuidado que as tarefas exigem. Planejamento, organização, determinação, valorização de sentimentos e responsabilidades, auxílio de especialistas em educação em diversas áreas da formação humana, formam uma enorme quantidade de valores que o professor sozinho não consegue atender. Por isso, ele deve buscar auxílio na sua ação diária. Agindo desta forma o professor se transforma em educador. O professor não pode ficar preso às técnicas de ensino e de aprendizagem, porque existe um mundo em sua volta a ser explorado, e ele deve estar disposto a aprender também. Esta é a sutileza maior. O educador se dispõe a caminhar ao lado do educando, e juntos constroem o conhecimento. Mas a tarefa de ensinar não se limita a ser somente, uma aplicação de técnicas pedagógicas e didáticas modernas. Ela vai além, e deve contar com uma equipe especializada de Assistentes Sociais, Psicólogos, Médicos, Fonoaudiólogos, entre outros tão ou mais importantes dos citados.
       A arte de ensinar é pura demonstração de respeito pelo ser humano e pela vida. Seja de uma criança, de um jovem ou de um adulto. Afinal, a educação deve estar ao alcance de todas as idades, e cabe ao educador oportunizar estas ações. É a forma correta, digna e saudável de contribuir com a sociedade e melhorá-la cada vez mais. Podemos afirmar que não há desenvolvimento social, sem passar pela educação.
       A metodologia deve ser direcionada à prática social, isto é, todos os meios e recursos disponíveis na escola ou fora dela, devem fazer parte do ato educativo.
Aproximar as famílias da escola é um dos objetivos do processo, porque a educação só se completa, quando o educando percebe que o que a escola lhe mostra, ele pode comprovar na vida em família e na sua comunidade.
       Prática social é uma expressão maior em educação, e o seu valor é proporcional à sua aplicação em sala de aula. Com isso todos crescem, e a tendência é uma vida mais digna e repleta de conhecimentos com qualidade se faz presente em cada um.












segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Kit Gay!

por Ferreira K.P.

Por pouco tempo assisti a uma reportagem de TV, onde um dirigente do alto escalão do MEC concedia um prêmio numa solenidade, a um grupo de profissionais de mídia que escreveu uma cartilha com conteúdos relacionados a homofobia. Na fala do dirigente ele se referiu que o grupo de estudos que elaborava o Kit, demorou quase três meses para decidir sobre o que seria um beijo homossexual de lingua, e brincou dizendo que ficou ainda a dúvida até sobre o tamanho e a profundidade onde a lingua deveria alcançar.
Este tempo de reportagem foi o suficiente para que eu me sentisse mal. No outro dia, no TWITTER, comentei que achei um absurdo alguém ligado a área de educação, tratar desta forma a questão da homofobia.
As respostas vieram rápido e forte. Acessei alguns Blog´s, e li mais detalhadamente sobre o assunto. Interpretei diversas opiniões e finalmente conculi, que eu havia sido mal (e muito) informado sobre o tema.
É claro que em 140 cacateres não se pode opinar, com tamanha síntese, sobre quase nada. Não sou tão inteligente e criativo assim. Preciso de  mais espaço, e por isso aqui o faço agora.
Minha posição sobre o Kit Gay editada pelo MEC é que este tipo de assunto não dev ser jogado sobre os ombros, unicamente do professor, então não me parece justo, que o tema seja uma obrigação somente da escola. Primeiro, porque a escola que temos no Brasil, em geral, é uma escola de péssima qualidade. Conforme os dados da UNESCO-2011, os programas educacionais brasileiros ocupam a vergonhosa 87ª posição, em termos de Qualidade de Programas Educacionais. E não é na America Latina. É no mundo todo. Portanto, este assunto de homofobia não pode, ao meu ver, ser uma atribuição, como eu já disse, somente da escola. 
Nossa escola hoje (e faz tempo) se transformou em restaurantes, porque sem merenda, o aluno não comparece. Os conteúdos tem poucos atrativos, os profissionais são mal pagos, e por aí vai. Mas também escrevi em outro artigo neste mesmo espaço, que este estado de penúria não acontece só na educação. Acontece na área da saúde, da segurança e na educação, pois são áreas que não dão retorno financeiro ao Estado, pelo contrário, dão prejuízo.
Assim sendo, retorno ao caso das diferenças, tendo o cuidado para não ferir sentimentos, pois o tema é subjetivo demais, e posso parecer preconceituoso. Mas respeitar diferenças é de suma importância, mas vamos ter que saber quais são estas diferenças e quais são as semelhanças. Por quê? Porque se vamos respeitar as diferenças de todos os indivíduos, então tem-se que aceitar o alcólatra, o viciado em crack, a prostituição, o corrupto, o rebelde sem causa, a marcha pela liberação da maconha, entre tantas diferenças que existem. É claro que cada uma das diferenças envolvem questões éticas, psíquicas, biológicas, de credo, de moral, da sexualidade, de caráter, da personalidade, do vínculo familiar, da questão do afeto, do nível sócio-econômico familiar, e por consequência de ética, da dignidade, entre tantos outros valores.
Aceitar as diferenças é antes de tudo, saber lidar com elas, e mais uma vez repito, que o meu comentário no TWITTER se resumiu, ao absurdo de tratar esta questão da homofobia, através de cartilhas, gastando milhões do dinheiro público, porque aquela família que não tem a estrutura social segura, moradora na região mais pobre economicamente e socialmente marginalizada, sem acesso a cultura e a educação, tende a ver estas diferenças com preconceito, e aí larga o problema para cima da escola.
Aliás, a educação já deveria tratar deste e de outros casos há mais tempo. Mas onde estão os especialistas em educação, efetivamente trabalhando com alunos? onde estão os mestres da pedagogia escondidos em gabinetes de direção de secretarias ou em direção de escolas, que não podem tratar deste e de outros assuntos de total relevância diretamente aos pais e alunos?
O resultado da educação que temos está mostrando o afastamento da maioria das famílias da escola. Se os pais não aparecem na escola, os filhos com cereteza irão seguir seus exemplos.
Foi o que eu quis dizer...

domingo, 22 de maio de 2011

Tenho que ficar de olho!

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Esperto eu, né?

A Maledicência e o desamor

Aqui é assim: é bom?  Tem espaço!               Ferreira K.P.

*Antônio Roberto , Jornal “Estado de Minas”, 27/10/2002. 
            "Toda vez que se faz algum comentário desabonador sobre o comportamento alheio ou, em casos mais graves, quando se inventa algo sobre o outro, está havendo luta e hostilidade à pessoa objeto da maledicência. Esta atitude de desamor que atinge o outro ou a “comunidade” abre feridas e conseqüências negativas difíceis de serem curadas ou controladas.
            Vivemos numa sociedade extremamente competitiva e existem duas formas cruéis de destruirmos uns aos outros. Ou matamos a pessoa (destruição do corpo) ou matamos a sua imagem. Numa sociedade onde a imagem tem um valor muito alto, falar mal de alguém é uma tentativa de aniquilação do outro perante a sociedade.
            Este comportamento é fruto da competição e da inveja. O prazer de falar mal de alguém existe porque equilibra o mal-estar do invejoso diante da alegria, do sucesso ou da competência do outro. O maledicente (o falador) sofre de profunda inferioridade e sofre com o brilho das outras pessoas. Por não ter luz própria, só consegue brilhar roubando a luz do outro.
            Se tivermos necessidade de espalhar o lado negativo de alguém, ainda que seja verdade, estamos sendo inimigos dessa pessoa e queremos sua destruição para nos sentir superiores a ele. Muitas pessoas não percebem o estrago que fazem na vida de outros quando são maledicentes; outras sabem disso e o fazem exatamente por isso. O que temos que fazer é aprender a conviver com este fenômeno. Se crescermos e obtivermos sucesso, inevitavelmente seremos objeto da inveja alheia e da maledicência. Muita gente sofre profundamente quando é alvo de fofoca, se sente injustiçada, e isso (a fofoca) tem a ver com a vaidade humana.
            Temos de aprender a não falar mal das outras pessoas e, de preferência, desenvolver a competência de falar bem. Nem sofrer tanto, por causa da consciência da competição e inveja de quem fala mal de nós, pois não vale a pena dar tanta importância à fala dessas pessoas destrutivas. Muitas vezes, o melhor é cortar o relacionamento com elas.
            Uma das maiores virtudes do ser humano é a capacidade de admirar, de olhar o lado claro e bom que existe nas pessoas. A começar por nós mesmos. Uma pessoa que se admira, que se vê preferencialmente nos aspectos positivos, que se ama, que perdoa pela própria imperfeição, também perdoa a imperfeição do outro e não sente prazer em fazer mal e destruir um ser humano.
            O amor só existe em pessoas que têm competência para admirar. A hostilidade e o desamor começam com a maledicência. Todo cuidado é pouco com o ser humano. Cultivar o respeito à natureza humana é o primeiro passo para relacionamentos sadios.
            Os maledicentes (os faladores) são pessoas complicadas para relacionamento e trazem muitos problemas para os grupos a que pertencem, seja na família, no trabalho, no lazer ou na sociedade. A palavra é um grande dom e estrutura as relações. A língua estabelece o diálogo, o afeto, o elogio e o amor. Quando nossa língua está conectada ao coração, em sintonia com o sentimento, ela fala aquilo que está dentro do coração. Se nele existir bondade, afeto, ternura e amor, a língua é instrumento de construtividade, beleza, admiração. É bom falar bem das pessoas, realçar seus valores perante os outros, admirar seus dons e seus talentos. Isso cria um clima de paz e harmonia.
            Quando, porém, meu coração está cheio de inveja, ressentimento e ciúme, a língua se torna um instrumento de destruição. Ela é ferina, faz estragos na vida de outros e na própria. Pessoas que falam mal das outras entraram no mundo da perversidade e atraem para si aquilo que elas desejam para os outros: “A toda ação, corresponde uma reação igual e contrária.”
            A boca fala o que existe no coração. Conhecemos pessoas pelas falas, porque aí conhecemos o seu coração. Pessoas amorosas têm palavras amorosas. Pessoas invejosas têm palavras venenosas.
            Uma forma saudável de conviver com a calúnia e a difamação é aumentar a nossa auto-estima, através da observação de nossos pontos fortes, nosso potencial e do perdão às nossas fragilidades. Se nos amamos de verdade, não nos definiremos pela fala dos que não são nossos amigos. Um bom exercício é repetirmos, de vez em quando o seguinte: EU SOU O QUE SOU E NÃO O QUE OS OUTROS QUEREM QUE EU SEJA.
            A melhor resposta aos que falam mal de nós é continuarmos, com humildade, a caminhada para novas conquistas e novos horizontes, para a alegria e a felicidade".

Cobrei do senador por e-mail!


Prezado Ferreira K.P.

Em atenção ao seu e-mail, no qual solicita informações sobre as iniciativas do Senador Cristovam com o objetivo de abolir o analfabetismo, temos a informar:

No Governo do Distrito Federal:
  • Cristovam Buarque, na sua gestão como Governador do DF, no período entre 1995 e 1998, criou  e implantou o Programa-Alfa, pelo qual o governo comprova por R$ 100,00 a primeira carta escrita em sala de aula, no final do curso de alfabetização, beneficiando 4.200 adultos. Com a sua saída do governo o Programa foi extinto. Conforme matéria publicada no jornal O GLOBO, em 18 de agosto de 2008, o senador Cristovam tentou convencer o governador Jose Roberto Arruda a retomar com o Program-Alfa e  na ocasião teve a seguinte resposta do Secretário de Educação, José Valente "Toda idéia que for capaz de trazer alguem de volta para os estudos é boa. A questão é como operacionalizá-la."
Na ONG Missão Criança:
  • Em novembro de 1998, Cristovam convidou um grupo de cinco pessoas, seus colabores e apresentou a idéia para criar uma Organização Não Governamental com os objetivo de lutar pela eliminação do trabalho infantil, a universalização e qualidade da escola e a promoção da Bolsa Escola e da Poupança Escola. Dentre os projetos implementados na ONG encontra-se a Bolsa Alfa, executado em algumas cidadades do entorno de Brasília, como Planaltina de Goiás e Valparaiso. O projeto, como aconteceu no GDF, pagava-se aos alunos analfabetos para que eles aprendesse a ler, comprando a primeira carta que escrevesse.  Este programa foi apoiado com recursos da Embaixada da Finlândia, Universidade CEUB e Secretarias Municipais de Educação das respectivas cidades.
No Ministério da Educação:
  • Já no primeiro dia de governo, Cristovam lançou o projeto da Erradicação do Analfabetismo no Brasil em quatro anos, e ainda em janeiro de 2003 iniciou os trabalhos para a criação da Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo e a execução do programa Brasil Alfabetizado. Ainda em 2203, apesar de todas as dificuldades administrativas e financeiras normais em primeiro ano de governo, foram inscritos no programa 3,25 milhões de pessoas, superando a meta de 23 milhões previstas pelo planejamento inicial.
No Senado:
  • Como senador é autor de 105 Projetos de Leis - PLS até esta data. Dentre esses projetos encontra-se o PLS do Senado nº 117/2006 de 02 de maio de 2006, de autoria do senador Cristovam Buarque, que  autoriza a União a implantar o Programa Incentivo-Alfa para os brasileiros não-alfabetizados, com idade idade acima de 15 anos e institui o "Quinquenio da Alfabetização". Se o PLS tornar-se lei, ficará a União autorizada a criar o Programa, adotando um incentivo finaneiro, que será fixado no valor mínimo de R$ 350,00 para cada adulto que cumprir, com sucesso, programa de alfabetização, druanto o período de vigência do Quinquênio da Alfabetização. O PLS 117/2006 encontra-se atualmente na Comissão de Assuntos Econômicos-CAE. Para mais informações acesse o link: http://www.senado.gov.br/sf/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=77600
O ano de 2010 será um ano de eleições, sendo importante que nós eleitores temos a obrigação de cobrar dos candidatos quais serão as suas propostas de políticas públicas para melhorar a educação no país. Por isso, envio, em anexo, o livreto de autoria do senador Cristovam sugerindo 17 itens sobre essa questão.


Atenciosamente,

Brasília - DF- Gabinete do Senador Senador Cristovam Buarque – maio de 2011